quinta-feira, junho 19, 2025 08:03

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Cidades com tradição católica, Romaria e Abadia dos Dourados registram queda no número de fiéis, aponta Censo 2022

Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no dia 6 de junho, revelam uma tendência surpreendente nas cidades de Romaria e Abadia dos Dourados, reconhecidas historicamente por sua forte devoção católica.

Mesmo sendo cidades que atraem milhares de fiéis todos os anos em celebrações religiosas dedicadas a Nossa Senhora da Abadia, os dois municípios registraram queda no número absoluto de católicos entre os anos de 2010 e 2022.

Romaria: cidade da fé tem menos católicos

Em Romaria, considerada um dos maiores centros de peregrinação religiosa de Minas Gerais, o número de católicos caiu de 3.141 em 2010 para 2.504 em 2022, o que representa uma queda de mais de 20%.

O município, que abriga a tradicional Basílica de Nossa Senhora da Abadia, recentemente elevada a essa condição pela Igreja Católica, mantém seu prestígio como destino de fé, mas enfrenta mudanças no perfil religioso da população local.

É curioso que a queda de católicos não ocorreu em razão de migração para outras religiões. Nota-se que o número de evangélicos na cidade se manteve praticamente estável, passando de 363 para 375.

Abadia dos Dourados também segue a tendência

A cidade de Abadia dos Dourados, que tem em Nossa Senhora da Abadia sua padroeira, viu o número de católicos cair de 5.026 em 2010 para 4.252 em 2022 — uma redução de 15,4%.

Diferente do que se percebe em âmbito nacional, os evangélicos também registraram queda: de 1.145 para 1.028 fiéis, indicando uma diminuição geral da adesão religiosa no município.

Uma mudança silenciosa

Ambas as cidades mantêm fortes tradições católicas e são palco de importantes festas religiosas, que movimentam o turismo e a economia local todos os anos, especialmente no mês de agosto. A Festa de Nossa Senhora da Abadia, por exemplo, atrai romarias a pé, cavalgadas e caravanas de ônibus de diversos estados.

No entanto, os dados do IBGE mostram que, mesmo em locais de alta relevância religiosa, o número de fiéis vem diminuindo, o que pode estar relacionado a mudanças culturais, sociais, à migração de moradores e à secularização crescente nas novas gerações.

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