A Polícia Civil cumpriu na manhã desta segunda-feira (7) oito mandados de busca e apreensão em Uberaba, no Triângulo Mineiro, no âmbito de uma investigação que apura crimes contra a administração pública e o sistema econômico-financeiro. Entre os alvos da operação está o vereador Almir Silva (Republicanos), além de um empresário, servidores públicos, profissionais da iniciativa privada, um aposentado e um estudante.
Durante a ação, foram apreendidos documentos fiscais, contábeis, empresariais e dispositivos eletrônicos. A Polícia Civil também conseguiu decisão judicial para o sequestro de bens e a indisponibilidade de valores dos investigados, no montante de até R$ 388 mil, quantia que teria sido desviada dos cofres públicos.
As investigações apontam que o empresário investigado teria financiado a candidatura de Almir Silva e, após sua eleição, passou a receber repasses indevidos de recursos públicos.
A suspeita é de que parte desses valores tenha sido repassada por meio de “funcionários fantasmas” no gabinete do parlamentar.
Os assessores recebiam salários e benefícios, como vale-alimentação, mesmo sem exercer qualquer função no local.
Além do suposto esquema de rachadinha, a PCMG também apura corrupção envolvendo um servidor do Executivo municipal, que teria atuado para reduzir multas da construção civil em benefício do empresário ligado ao caso.
A operação mobilizou cerca de 30 policiais civis e faz parte de um conjunto de ações contra corrupção e crime organizado no interior de Minas. Todo o material apreendido será analisado e poderá subsidiar novas diligências. O inquérito segue em sigilo.
Até o momento, o vereador não prestou esclarecimentos públicos. À TV Integração, Almir declarou que “está muito tranquilo e os advogados estão cuidando do caso”.
A Câmara, por sua vez, declarou à reportagem da TV Integração que “foi surpreendida com as informações veiculadas envolvendo o vereador Almir Silva. Disse ainda que aguarda mais informações para se posicionar”.
Imagem: Reprodução Arquivo Pessoal